29 de jan. de 2013

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E essa voz que tu ouves
Trás consigo histórias guardadas
Sonhos indivisíveis
Desejos dos quais não abre mão.

Esses olhos que voz diz
Escondem assustados
Lágrimas que não escorrem
Verdades imaculadas.

Esses lábios que vós nega
Carregam em seu âmago
O sabor cruel da saudade
O peso da omissão.
Essa massa que observas
Expõem silenciosas cicatrizes
Marcas feitas pela vida
Desejos contidos.




 Juntos formam essa essência
Fruto da dissimulação
Que não dizem nem contradizem
Vivendo sempre à contramão

Mistos entre dúvidas e incertezas
Entregues a insegurança e ao poder
Na confusão constante de uma inconstância
Indecisos, imprecisos
 Trazem consigo idealizações
Sonhos inalcançáveis, decepção
Projetos incluídos, expectativas adiadas
E o medo de correr atrás.

Deixam assim a voz solta, sem sentido
Os olhos fixos, insensatos
Lábios trêmulos, em desalinho 
Essa massa impura, sem destino.

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