29 de out. de 2012

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Abandono

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Não se pode ter a vida
Sem a certeza de ter a morte
Não posso ter um amor
Se não laçada na própria sorte

Duplicidade de sentimentos
Amar a dois trazer a vida
Dúvidas eternos tormentos
Elevar a tristeza sentida

Não pode haver felicidade
Se for imposta a condição,
Será de espontânea vontade
A escolha traçada em vão

Um coração tão pequeno
Cabe dentro tanto amor,
Decido aqui ao sereno
Ter você mesmo que em dor

Eu posso ver o caminho
Deixei aquele que me amava,
Não sabia que sozinho
O restante eu caminhava

Habilidosos enganos sábios
Um detalhe teria então
Deleito-me em teus lábios
Mas não moro em seu coração...



6 comentários:

  1. Gleyce! É um drama que você narra! Uma tragédia em versos, um abandono sincero.
    Amei particularmente:
    "Decido aqui ao sereno
    Ter você mesmo que em dor"
    Traduz o verdadeiro sentimento que não pede nada...
    Como sempre, gostei imenso!

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  2. Obrigado Dulce,fico lisonjeada por sua importante opinião. Estou construindo o próximo poema em trilogia. espero que goste!

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    1. Adoro a ideia, Gleyce! Cá estarei para ler atentamente! Estou convencida que será notável, como tudo o que tenho lido da sua escrita até agora.
      Abraço!

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  3. É assim mesmo: dúvidas acompanham o amor, e parece que só há felicidade com pelo menos um pouco de dor...
    Gostei do poema!
    Bjss

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    1. Obrigada pela compreensao Monique. Este tipo de reflexao que inspira nossas escritas. bjoo

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