6 de fev. de 2013

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Incertezas

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Já vivi na certeza de tudo
Hoje moro na incerteza do nada
Não consigo ver o futuro
Mas me abstenho do passado
Vivo um presente incerto
Deixando o mundo de lado

Deixei pra trás o que me prendia
Segui em frente sem saber o que iria encontrar
Livrei meu destino do concreto
Libertei-me para voltar sonhar

O mundo grita em uníssono
Tentando me controlar
Mas como podem julgar o que sinto?
Quando nem mesmo eu sei o que irei encontrar?

Sei que não sou perfeita
Já errei e ainda tenho muito em que errar
Mas quero viver cada dia
Na incerteza do que o mundo ainda tem a me mostrar

Odeio os que fazem perguntas
E os que veem tudo como mal e ruim
Pois todos que me julgam foram pesados e medidos
E considerados insuficientes pra mim


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Lágrimas

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Eu não sei de onde elas veem
Só sei que trazem junto uma dorzinha
Feita de mel, amor e desdém,
E sempre consagram-se no canto dos lábios
Assim da forma que lhes convém.

Deslizam-se em ritmo acelerado
Como se corressem ao encontro de algo
Que ainda podem encontrar
Debalde, não o podem alcançar.

São tantas que parecem um exercito em batalha
Contra esse desconhecido que as faz jorrar
Obstáculos que pouco ajudam e atrapalham
Na constante luta para do peito o expulsar 

Embaralham as vistas, inebriam o olhar
Afogam-se nos seios, escorrem sem freio
Inundam o colo que as acolhe sem questionar
As socorre e acalenta, assim sem receio.

Sabem, porém que nada as pode conter.
Correm silenciosas testificando que aqui dentro
Já não cabe mais sofrer

Fica no fim o rastro, as marcas que as fazem rolar
Cicatrizes que o tempo
Ainda não descobriu como apagar.


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